Aprendi em História (que se tornou uma das minhas matérias preferidas no Ensino Médio) que na Idade Média passou a existir um tipo de comércio semelhante ao que temos hoje, o de emprestar dinheiro cobrando juros a prazo, mas isso não era bem visto pela igreja. O 'tempo' no qual eles lucravam não pertenciam a eles, e sim a Deus.

Não que eu seja muito crente a religião e coisas do tipo, mas mesmo assim todo esse papo me proporcionou uma boa e demorada reflexão sobre o tempo e o que ele carrega.

Um amigo pediu para eu falar sobre ele, eu não respondi mas ouvi o pedido, e na hora eu achei que não teria nada a dizer, agora vejo que estou enganada. O tempo cura, apaga, esconde, e acima de tudo, recupera. E sem nem perceber você acaba recuperando todos aqueles sentimentos obscuros, acho que foi isso que aconteceu com ele. Eu não queria que ele revivesse, o que mais me intriga é o fato que eu nem sabia que isso havia sido vivido uma vez.

Não sei se eu deveria me sentir culpada, em minha versão mais cruel diria que não tenho culpa por ser adorável, mas acho que isso não é nada que eu realmente sinta, me sinto vazia de sentimentos, como um verdadeiro monstro, mas da mesma forma que o tempo pode fazer reviver, acho que poderá apagar essas curtas lembranças de três dias da mente dele. 

E agora sei que há doze meses atrás eu fui o amor de verão de um menino. Não sei o que fazer com essa informação, talvez guardar na mente, talvez na alma, se eu achar um lugar mais profundo talvez eu possa guardar lá também. Só sei que não quero ser o amor de verão desse mesmo menino doze meses depois. 

E de tudo isso só consigo pensar que posso tirar como lição tudo que o tempo nos traz. E por saber que as coisas passam e são superadas posso dizer que o tempo carrega consigo toda a tranquilidade.

 KISSES & HUGS!

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